Depois de vinte séculos, poucos são os traços que restaram daquela igreja, chamada de primitiva quase como forma de localizar sua experiência num ponto da história ao qual muitos cristãos de hoje não pretendem voltar. Em Convite à loucura, Manning se dispõe a resgatar essa vocação do povo de Deus.
Ao mesmo tempo, o autor denuncia a futilidade do discurso do qual a igreja cristã se apropriou, marcado pela preponderância das estruturas sobre o despojamento; pela tolerância aos imperativos do capital e ao desprezo pelos simples de coração; pelo abandono da aparente insanidade proposta pelo Mestre em nome de uma suposta razão maculada pela veleidade de mestres dos próprios interesses, pregadores de uma fé barata e utilitária.